Marido e filho da mulher espancada também participaram do ritual
Duas pessoas foram presas na noite da última sexta-feira, 9, após uma mulher morrer espancada em um cemitério de Formigueiro, na região central do Estado. A vítima foi identificada como Zilda Correa Bitencourt, de 57 anos. A investigação da Polícia Civil aponta para um suposto ritual realizado pelas pessoas presas. O marido e o filho da mulher estavam no cemitério e acompanharam o ritual.
Segundo a apuração da polícia, os parentes convenceram Zilda a participar do ritual. Na delegacia, eles disseram que, há mais de 20 anos, a mulher estaria possuída por duas entidades malignas. A ideia do ritual supostamente era exorcizar os males para fora do corpo dela com a ajuda de dois “líderes espirituais”.
Segundo o relato do marido e do filho, durante a cerimônia, Zilda foi agredida com socos, tapas e chutes na cabeça, além de ter sido golpeada com varas em diversas partes do corpo. Em seguida, a cabeça dela teria sido esmurrada contra o chão repetidas vezes. Por fim, ela teria sido amarrada em uma cruz no cemitério.
A prisão ocorreu após a Brigada Militar abordar o grupo em um veículo. O corpo da vítima, já sem vida, foi localizado no interior do carro. Os dois supostos líderes e os familiares de Zilda foram detidos, mas apenas o homem e a mulher que teriam conduzido o ritual permaneceram presos. Eles devem responder por homicídio qualificado por tortura.