Ministro dos Direitos Humanos é demitido após acusações de assédio sexual

Em 07/09/2024
por Gustavo Colferai

Denúncias apontam que uma das vítimas foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi exonerado nesta sexta-feira, 6, após denúncias de assédios sexuais. As acusações foram divulgadas na quinta, pela ONG Me Too Brasil. O presidente Lula considerou “insustentável” manter o ministro no cargo diante da “natureza das acusações de assédio sexual”. Segundo as denúncias divulgadas pelo portal Metrópoles, os episódios teriam ocorrido no ano passado e uma das vítimas foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

O Ministério das Mulheres classificou as denúncias de assédio sexual contra Almeida como “graves”. A pasta afirmou que qualquer tipo de violência e assédio contra mulher é “inadmissível”. Almeida negou e repudiou com “veemência” as acusações de assédio. “Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”, afirmou em nota.

Segundo a jornalista Daniela Lima, do canal GloboNews, integrantes da equipe do presidente Lula sabiam desde o ano passado de relatos de suposta conduta de assédio por parte de Almeida. Em nota, o Palácio do Planalto informou que a Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento de apuração sobre o caso.

Em nota na noite desta sexta, a ministra Anielle Franco diz que “não é aceitável diminuir episódios de violência” e agradeceu o apoio recebido. “Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi”, publicou.